Frase da semana

Não temas; doravante serás pescador de homens. (Lc 5, 10)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Pulseiras do sexo - a nova moda destrutiva!


IMPORTANTE ALERTA!!! Estas pulseiras coloridas estão na moda, mas nem tudo que está na moda convém. Leiam com atenção os textos abaixo. Isto é muito sério e está acontecendo.

"Luzia Toledo alerta para uso de pulseiras coloridas por jovens

Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado do Espirito Santo - 16 de Novembro de 2009

Pulseirinhas coloridas de silicone estão sendo usadas por adolescentes como parte de um jogo que pode acabar em um simples beijo ou até em sexo. E, sem atinar para o significado do adereço, os pais compram as pulseiras para os filhos.
O alerta é da deputada Luzia Toledo (PMDB), que se mostrou preocupada com a disseminação das pulseirinhas. O adereço é barato: em média R$ 1,00 um conjunto de 12 pulseiras. No jogo, cada cor tem um significado: um abraço, um beijo e até sexo.
Pelas regras do jogo, o jovem que arrebenta a pulseira de determinada cor no pulso de uma menina, por exemplo, tem direito a reclamar o que ela significa. Se quebrar a correspondente a um beijo, a menina que teve a pulseira quebrada deve dar o beijo.
A deputada Luzia Toledo recomenda aos pais que fiquem atentos. "Essas pulseiras só aumentam a permissividade", disse. Membro efetivo da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (Ales), a deputada pensa em propor uma audiência pública para um debate amplo sobre o tema.”

Pulseira do sexo

Olha a que ponto chegou o ataque do inimigo às nossas crianças e jovens!!!!

Esse post é da Quiane, artesã de Campinas/SP:

"Há duas semanas vem meninos e meninas na minha barraca na feira atrás dessas pulseiras, é uma moda em Londres e veio pra cá e se espalhou rapidamente na minha cidade.
Eu não vendo esse tipo de produto pois só vendo produtos feito a mão, como é estranho essas coisas... todos tem a mesma atitude, como se não pensassem, são crianças que se vestem igual, sem atitude, sem questionar o que serve ou não serve.
Descobri agora que essas pulseiras são usadas para a prática do sexo. Cada cor representa um tipo de coisa, leia abaixo o que achei na internet:
"À primeira vista, uma colorida pulseira de plástico nos pulsos de crianças parece inocente. Mas, na realidade são um código para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao sexo propriamente dito.
Poderia confundir-se com mais uma daquelas modas que pega, uma vez que é usado por milhares em várias escolas primárias e preparatórias no Reino Unido e custa apenas uns cêntimos em qualquer banca ao virar da esquina. E antes fosse.
Mas as diferentes cores das ditas pulseiras de plástico - preto, azul,vermelho, cor-de-rosa, roxo, laranja, amarelo, verde e dourado - mostra até que ponto os pupilos estão dispostos a ir, se proporcionar, desde dar um beijo até fazer sexo.
Andam uns atrás dos outros nos recreios das escolas, na tentativa de arrebentar uma das pulseiras. Quem a usava terá de "oferecer" o ato físico a que corresponde a cor. É o "último grito" do comportamento promíscuo que sugere, cada vez mais, que a inocência da infância pertence a um passado longínquo.
Quase tão chocante como as "festas arco-íris" - encontros com muito álcool e droga à mistura, em que as raparigas usam batons de cores diferentes para deixar a "marca" nos rapazes após o sexo oral -, as «pulseiras do sexo», que custam apenas um euro (um pacote com várias),têm um custo maior que foge ao alcance de muitos pais.
"A amarela é a melhor porque significa que só se tem de abraçar um rapaz. A laranja significa uma "dentadinha de amor" e a roxa já dá direito a um beijo com língua»", explica uma menina de 12 anos ao jornal The Sun. Todavia, à medida que a paleta de cores avança, o nível de intimidade também é maior: "se um rapaz arrebentar uma pulseira cor-de-rosa, a rapariga tem de lhe mostrar o peito, se for vermelha tem de lhe fazer uma lap dance e azul é sexo oral", continua. As verdes são as dos "chupões no pescoço".
As pulseiras mais ambicionadas são a preta e a dourada, significando a primeira «ir até ao fim com um rapaz» e a segunda todos os atos descritos anteriormente, do mais inocente ao mais impróprio para a idade. "A douradas são muito raras, por isso se encontrares uma na loja, tens de obrigar a tua mãe a ir comprá-la!", explica.

Símbolo de respeito

Como quase em tudo nestas idades, existe um estigma por detrás das pulseiras: quem não as usar é ostracizado e quem usar as cores preto e dourado é mais respeitado. "No meu grupo da escola, a líder - que serve de exemplo para todos - só usa pulseiras pretas e douradas.Todos os rapazes da minha turma usam pretas e se uma rapariga também usa, eles gostam todos dela", conta a criança de 12 anos.
Shannel Johnson, de 32 anos, descobriu através da filha, de oito, o significado das pulseiras e admitiu ao The Sun que nunca suspeitaria do código subjacente. Quando a filha Harleigh lhe disse que se alguma arrebentasse tinha de fazer um "bebê com um rapaz", Shannel teve uma conversa com a filha, chamando-a à realidade.
Esta mãe, preocupada, começou a pesquisar na Internet e descobriu sites onde se vendiam as pulseiras, grupos no Facebook e fóruns de menores a discutir quem usava que cores. Enquanto alguns pais já confiscaram as pulseiras, muitos continuam na ignorância do significado destes acessórios aparentemente da moda."

Código das cores:
Amarela - abraço
Rosa - mostrar o peito
Laranja - dentadinha de amor
Roxa - beijo com a língua - talvez sexo
vermelha - lap dance
Verde - sexo oral a ser praticado pelo rapaz
Branca - a menina escolhe o que lhe apetecer
Azul - sexo oral a ser praticado pela menina
Preta - sexo com a menina na posição de missionário

Gente o que é isso????

Resolvi fazer esse post pois quem é mãe e pai as vezes não sabe o que tem por trás das modas e tenho certeza que as crianças estão usando sem saber o que significa...
Eu como mãe não iria querer ver a minha filha usando isso, mesmo que ela não soubesse, pois sempre tem gente que sabe e poderia obrigá-la a fazer coisas...
Fiquem atentos!!!!
Basta de porcaria, pornografia no Brasil e no Mundo
Vamos cuidar das nossas crianças!"

Fonte: http://arte-com-quiane.blogspot.com/2009/11/pulseira-do-sexo-vc-sabia-dessa-moda.html

Eu acredito no jovem


Existem pessoas que decidiram não envelhecer apesar do tempo, das rugas, dos cabelos brancos e da visão turva. Existem jovens que mantiveram seus ideais intactos e levaram para a vida adulta todos os seus sonhos e inspirações da adolescência – uma época em que "dói" crescer. Estes, hoje, são presidentes, médicos, esportistas, professores, comunicadores... Pessoas que nos causam admiração e que se tornaram referenciais nacionais e internacionais.
Olhando para os "cronologicamente" jovens, também percebemos que uma nova safra surgiu (aliás, estas safras nunca deixaram de surgir). Porém, hoje, as drogas, a violência e, especialmente, a afetividade deturpada têm sufocado esta geração, colocando verdadeiramente em risco a juventude que sempre trouxe uma esperança aos problemas contemporâneos da humanidade.
Se dermos uma passada em cadeias públicas ou de segurança máxima, unidades terapêuticas no combate e prevenção às drogas, casas de apoio ao soropositivo em fase terminal e em outros ambientes similares, veremos um quadro assustador. Muitos jovens inteligentes e cheios de dons estão ali, tentando não desistir dos sonhos e inspirações. Mas esses sonhos, muitas vezes, se transformam em pesadelos. Na mensagem para a XXV Jornada Mundial da Juventude, o Papa Bento XVI afirmou: “Apesar das dificuldades, não vos deixeis desencorajar nem renuncieis aos vossos sonhos!”
É preciso um “levante”! É preciso que esses adultos que hoje decidem, formam opinião, ditam ritmos e velocidade da moda, do câmbio, das notícias e que não perderam seus ideais de juventude unam-se aos jovens que, por milagre, por boa educação familiar e religiosa, não se corromperam. É preciso que esses adultos façam algo realmente significativo, pois existem, ouso dizer, milhares e milhares de jovens que não desistiram desse desafio de mudar as faces distorcidas da sociedade.
Por onde passo, vejo o brilho nos olhos dos jovens. De um lado, vejo jovens de 18 anos servindo no Exército israelense, com suas metralhadoras penduradas no pescoço, enquanto degustam seus sanduíches, sorrindo e se abraçando. Do outro lado de um muro que traz divisão, jovens palestinos. No fundo, todos querem paz. No Paraguai, vi jovens que, apesar de toda humilhação das gerações anteriores, por causa de uma guerra violenta, não desistem e querem ver o país com alta “autoestima”. Em tantos países, vejo jovens brasileiros morrendo de saudades de seu país, enquanto batalham por uma vida melhor.
Os jovens que rezam, estudam, lutam para se manter castos; que sonham e honram os pais, erram e caem, mas se levantam; que saem das drogas, cantam, dançam, votam... São esses os jovens que têm o direito de errar tentando acertar, que precisam ser corrigidos e orientados por uma sociedade que precisa aprender a amar a juventude.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já declarou 2010 como o Ano Internacional da Juventude. Essa juventude pode mudar o rumo do mundo, da consciência ecológica, ética, política, sociológica e antropológica. É o jovem que pode, agora, tocar nisto e mudar o destino do planeta. As visões escatológicas, de fim de mundo, são baseadas no que muitos anciãos fazem por interesses pessoais e econômicos. Mas ao jovem o que interessa é viver, ter tempo para crescer. O jovem é o maior interessado em mudanças. Este é o momento para quem está vivo, e bem vivo, agir.
É muito difícil e triste imaginar jovens que não queiram viver. Se eles estão nas drogas, no crime, ou até mesmo na depressão, é porque os adultos não os valorizaram, não acreditaram que aquela criança ou adolescente teria a chance real de ser alguém que, nos planos de Deus, pudesse mudar o mundo. É assim que devemos pensar. Basta um jovem, apenas um, e o mundo pode ser melhor.
Por causa de alguns homens, pessoas que não tiveram a chance de ser um bom jovem, o rumo da história e da humanidade eclipsou-se por um tempo. O que fará um adulto que na sua juventude não foi incentivado, educado com o bem, com religião, família, cultura, ciência, ética etc? Está em nós pais, professores, educadores, padres, pastores e políticos a responsabilidade de formar e esperar “novos” Ayton Senna, Pitanguy, Ziraldo, Chico Mendes...
Se esses jovens estão hoje com 16, 17, 18 anos, nem sabem o que espera por eles. É nossa a missão de plantar, regar e colher. Que o Criador nos ilumine para não desistirmos de nós mesmos ao esquecer que um dia fomos jovens e que hoje, como adultos, podemos acreditar que a vida continua nos filhos que geramos e que são, sem dúvida, uma versão melhorada de nós mesmos.
Dunga /www.cancaonova.com

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mensagem de Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude 2010

Bollettino della Sala Stampa della Santa Sede, com tradução de CN Notícias


"Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?" (Mc 10, 17)



Queridos amigos,

Este ano marca o vigésimo quinto aniversário de instituição da Jornada Mundial da Juventude, desejada pelo Venerável João Paulo II como encontro anual de jovens crentes do mundo inteiro. Foi uma iniciativa profética que rendeu frutos abundantes, permitindo às novas gerações cristãs encontrarem-se, entrarem em atitude de escuta da Palavra de Deus, de descobrir a beleza da Igreja e de viver experiências fortes de fé que levaram muitos à decisão de entregar-se totalmente a Cristo.

A presente XXV Jornada representa um passo rumo ao próximo Encontro Mundial dos jovens, que será realizado em agosto de 2011 em Madrid, onde espero que sejam muitos a viver este momento de graça.

Para preparar-nos a essa celebração, desejo propor-vos algumas reflexões sobre o tema deste ano: "Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?" (Mc 10, 17), tirado do episódio evangélico do encontro de Jesus com o jovem rico; um tema já abordado, em 1985, pelo Papa João Paulo II em uma belíssima carta, dirigida pela primeira vez aos jovens.


1. Jesus encontra um jovem

"Tendo [Jesus] saído para se pôr a caminho, - conta o Evangelho de São Marcos - veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: 'Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?'. Jesus disse-lhe: 'Por que me chamas bom? Só Deus é bom. Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe'. Ele respondeu-lhe: 'Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade'. Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: 'Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me'. O jovem entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens" (Mc 10, 17-22).

Esta história expressa de modo eficaz a grande atenção de Jesus pelos jovens, por vós, por vossas expectativas, vossas esperanças, e mostra o quão grande é o seu desejo de encontrar-vos pessoalmente e dialogar com cada um de vós. Cristo, de fato, interrompe seu caminho para responder à pergunta de seu interlocutor, manifestando plena disponibilidade para aquele jovem, que é movido por um ardente desejo de falar com o "Bom Mestre", para aprender d'Ele a percorrer a estrada da vida. Com esse trecho evangélico, o meu Predecessor desejava exortar cada um de vós a "desenvolver o próprio colóquio com Cristo, um colóquio que é de importância fundamental e essencial para um jovem" (Carta Apostólica aos jovens Dilecti Amici, n. 2).


2. Jesus o olhou e o amou

No relato evangélico, São Marcos salienta como "Jesus fixou nele o olhar e o amou" (cf. Mc 10, 21). No olhar do Senhor está o coração deste especialíssimo encontro e de toda a experiência cristã. De fato, o cristianismo não é primariamente uma moral, mas experiência de Jesus Cristo, que nos ama pessoalmente, jovem ou velho, pobre ou rico; nos ama mesmo quando lhe viramos as costas.

Comentando a cena, o Papa João Paulo II acrescentava, dirigindo-se a vós, jovens: "Desejo que experimenteis um olhar assim. Desejo que experimenteis a verdade de que Cristo os olha com amor" (Carta Apostólica aos jovens Dilecti Amici, n. 7). Um amor, manifestado a nós sobre a Cruz de maneira plena e total, que faz São Paulo escrever com espanto: "Me amou e se entregou por mim" (Gal 2,20). "A consciência de que o Pai sempre nos amou em seu Filho, de que Cristo ama a cada um e sempre - escreve agora o Papa João Paulo II -, se converte em un sólido ponto de apoio para toda nossa existência humana" (Ibid, n. 7), e nos permite superar todos as provas: a descoberta de nossos pecados, o sofrimento, o desânimo.

Neste amor se encontra a fonte de toda a vida cristã e a razão fundamental da evangelização: se temos verdadeiramente encontrado Jesus, não podemos deixar de testemunhá-lo àqueles que ainda não encontraram o seu olhar!


3. A descoberta do projeto de vida

No jovem do Evangelho, podemos perceber uma condição muito similar àquela de cada um de vós. Também vós sois ricos de qualidade, de energias, de sonhos, de esperanças: recursos que vós possuís em abundância! A vossa própria idade se constitui uma grande riqueza, não somente para vós, mas também para os outros, para a Igreja e para o mundo.

O jovem rico pergunta a Jesus: "O que devo fazer?". A estação da vida em que estais imersos é tempo de descoberta: dos dons que Deus vos deu e das vossas responsabilidades. É, também, tempo de escolhas fundamentais para construir o vosso projeto de vida. É o momento, pois, de interrogar-vos sobre o autêntico sentido da existência e de perguntar-vos: "Estou satisfeito com minha vida? Está faltando alguma coisa?".

Como o jovem do Evangelho, talvez vós viveis situações de instabilidade, de turvamento ou de sofrimento, que vos levais a aspirar a uma vida que não seja medíocre e a perguntar-vos: em que consiste uma vida bem sucedida? O que devo fazer? Qual poderia ser o meu projeto de vida? "O que devo fazer para que minha vida tenha pleno valor e pleno sentido?" (Ibid., n. 3).

Não tenhais medo de afrontar essas questões! Longe de oprimir-vos, elas expressam as grandes aspirações que estão presentes no vosso coração. Portanto, devem ser ouvidas. Elas aguardam respostas que não sejam superficiais, mas capazes de atender às vossas autênticas expectativas de vida e de felicidade.

Para descobrir o projeto de vida que pode fazer-vos plenamente feliz, colocai-vos em escuta a Deus, que tem o seu plano de amor por cada um de vós. Com confiança, perguntai-lhe: "Senhor, qual é o teu plano de Criador e Pai sobre minha vida? Qual é a tua vontade? Eu desejo realizá-la". Tenhais certeza de que Ele vos responderá. Não tenhais medo de sua resposta! "Deus é maior que nosso coração e conhece todas as coisas" (1 Jo 3, 20)!


4. Vem e segue-me!

Jesus convida o jovem rico a ir muito além da satisfação de suas aspirações e de seus projetos pessoais, ele diz: "Vem e segue-me!". A vocação cristã surge de uma proposta de amor do Senhor e somente pode se realizar graças a uma resposta de amor: "Jesus convida os seus discípulos ao dom total da sua vida, sem cálculos nem vantagens humanas, com uma confiança em Deus sem hesitações. Os santos acolhem este convite exigente, e põem-se com docilidade humilde no seguimento de Cristo crucificado e ressuscitado. A sua perfeição, na lógica da fé por vezes humanamente incompreensível, consiste em não colocar a si mesmos no centro, mas em escolher ir contra a corrente vivendo segundo o Evangelho" (Homilia durante Canonização de cinco beatos, 11 de outubro de 2009).

Seguindo o exemplo de muitos discípulos de Cristo, também vós, queridos amigos, acolheis com alegria o convite para o discipulado, para viver intensamente e de modo frutífero neste mundo. Com o Batismo, de fato, ele chama cada um a segui-Lo com ações concretas, a amá-Lo acima de todas as coisas e a servi-Lo nos irmãos. O jovem rico, infelizmente, não aceitou o convite de Jesus e foi embora triste. Não tinha encontrado a coragem de romper com os bens materiais para encontrar o bem maior proposto por Jesus.

A tristeza do jovem rico do Evangelho é aquela que nasce no coração de cada um quando não se tem a coragem de seguir a Cristo, de fazer a escolha certa. Mas nunca é tarde demais para responder-Lhe!

Jesus não se cansa de dirigir o seu olhar de amor e chamar para ser seus discípulos, mas Ele propõe a alguns uma escolha mais radical. Neste Ano Sacerdotal, desejo exortar os jovens e os rapazes a estarem atentos se o Senhor convida para um dom maior, na via do Sacerdócio ministerial, e a permanecer disponíveis para acolher com generosidade e entusiasmo este sinal de especial predileção, traçando, com a ajuda de um sacerdote, do diretor espiritual, o necessário caminho de discernimento. Não tenhais medo, então, queridos jovens e queridas jovens, se o Senhor vos chama à vida religiosa, monástica, missionária ou de especial consagração: Ele sabe doar profunda alegria àqueles que respondem com coragem!

Convido, também, aqueles que sentem a vocação para o matrimônio a acolhê-la com fé, empenhando-se em colocar uma base sólida para viver um amor grande, fiel e aberto ao dom da vida, que é riqueza e graça para a sociedade e para a Igreja.


5. Orientai-vos rumo à vida eterna

"Que devo fazer para alcançar a vida eterna?". Essa questão do jovem do Evangelho parece distante das preocupações de muitos jovens contemporâneos, porque, como observava o meu Predecessor, "não somos nós a geração a que o mundo e o progresso temporal enchem completamente o horizonte da existência?" (Carta Apostólica aos jovens Dilecti Amici, n. 5). Mas a pergunta sobre a "vida eterna" surge em particulares momentos dolorosos da existência, quando vivenciamos a perda de alguém próximo ou quando vivemos a experiência do fracasso.

Mas o que é "vida eterna", a que se refere o jovem rico? Jesus a ilustra quando, voltando-se a seus discípulos, afirma: "Hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria" (Jo 16, 22). São palavras que indicam uma proposta exaltante de felicidade sem fim, da alegria de ser preenchido pelo amor divino para sempre.

Interrogar-se sobre o futuro definitivo que aguarda a cada um de nós dá sentido pleno à existência, porque orienta o projeto de vida rumo a horizontes não limitados e passageiros, mas amplos e profundos, que levam a amar o mundo, tão amado por Deus mesmo, a dedicar-nos ao seu desenvolvimento, mas sempre com a liberdade e a alegria que nasce da fé e da esperança. São horizontes que ajudam a não absolutizar a realidade terrena, sentindo que Deus nos prepara um perspectiva mais ampla, e a repetir com Santo Agostinho: "Desejamos a pátria celeste, suspiramos pela pátria celeste, nos sentimos peregrinos aqui na terra" (Comentário ao Evangelho de São João, Homilia 35, 9). Mantendo os olhos fixos na vida eterna, o Beato Pier Giorgio Frassati, que morreu em 1925, com 24 anos, disse: "Desejo viver e não subsistir!", e sobre a foto de uma escada, enviada a um amigo, escreveu: "Para o alto", aludindo à perfeição cristã, mas também à vida eterna.

Queridos jovens, exorto-vos a não esquecer essa perspectiva em vosso projeto de vida: somos chamados à eternidade. Deus nos criou para estar com Ele, para sempre. Isso vos ajudará a dar sentido pleno às vossas escolhas e a agregar qualidade à vossa existência.


6. Os mandamentos, via do amor autêntico

Jesus recorda ao jovem rico os dez mandamentos como condições necessárias para "alcançar a vida eterna". Eles são pontos de referência essenciais para viver no amor, para distinguir claramente o bem do mal e construir um projeto de vida sólido e duradouro. Também a vós, Jesus pergunta se conheceis os mandamentos, se vos preocupais em formar a vossa consciência segundo a lei divina e se a colocais em prática.

Naturalmente, trata-se de perguntas contra a corrente em relação à mentalidade atual, que propõe uma liberdade desvinculada de valores, de regras, de normas objetivas e convida a rejeitar todos os limites em nome dos desejos do momento. Mas este tipo de proposta, ao invés de conduzir à verdadeira liberdade, leva o homem a se tornar um escravo de si mesmo, de seus desejos imediatos, dos ídolos como o poder, o dinheiro, o prazer desenfreado e as seduções do mundo, tornando-o incapaz de seguir a sua vocação original ao amor.

Deus nos dá os mandamentos porque deseja educar-nos à verdadeira liberdade, porque quer construir conosco um Reino de amor, de justiça e de paz. Escutá-los e colocá-los em prática não significa se alienar, mas encontrar o caminho da liberdade e do amor autêntico, porque os mandamentos não limitam a felicidade, mas indicam como encontrá-la. Jesus, no início do diálogo com o jovem rico, recorda que a lei dada por Deus é boa, porque "Deus é bom".


7. Temos necessidade de Vós

Quem vive hoje na condição de jovem se encontra afrontado por muitos problemas decorrentes do desemprego, da falta de referências ideais corretas e de perspectivas concretas para o futuro. Às vezes, pode-se ter a impressão de que se é impotente diante das crises e desvios atuais. Apesar das dificuldades, não percais a coragem e não renuncieis a vossos sonhos! Ao contrário, cultiveis no coração o grande desejo de fraternidade, justiça e paz. O futuro está nas mãos de quem sabe procurar e encontrar razões fortes de vida e de esperança. Se quiserdes, o futuro está em vossas mãos, porque os dons e as riquezas que o Senhor incutiu no coração de cada um de vós, plasmados no encontro com Cristo, podem trazer autêntica esperança ao mundo! É a fé no seu amor que, tornando-vos fortes e generosos, vos dará a coragem de afrontar com serenidade o caminho da vida e assumir responsabilidade familiar e profissional. Empenhai-vos a construir o vosso futuro através de um sério percurso de formação pessoal e de estudo, para servir de modo competente e generoso ao bem comum.

Na minha recente Carta Encíclica sobre o desenvolvimento humano integral, Caritas in veritate, elenquei alguns grandes desafios atuais, que são urgentes e essenciais para a vida deste mundo: o uso dos recursos da terra e o respeito da ecologia, a justa divisão dos bens e o controle dos mecanismos financeiros, a solidariedade com os Países pobres no âmbito da família humana, a luta contra a fome no mundo, a promoção da dignidade do trabalho humano, o serviço à cultura da vida, a construção da paz entre os povos, o diálogo inter-religioso, o bom uso dos meios de comunicação social.

São desafios aos quais sois chamados a responder para construir um mundo mais justo e fraterno. São desafios que requerem um projeto de vida exigente e apaixonante, no qual colocar toda a vossa riqueza segundo o plano que Deus tem para cada um de vós. Não se trata de fazer gestos heroicos ou extraordinários, mas agir explorando os próprios talentos e as próprias possibilidades, empenhando-se em progredir constantemente na fé e no amor.

Neste Ano Sacerdotal, convido-vos a conhecer a vida dos santos, em particular a dos sacerdotes santos. Vejais que Deus lhes guiou e que encontraram a própria estrada dia após dia, exatamente na fé, esperança e no amor. Cristo chama cada um de vós a empenhar-se com Ele e a assumir a própria responsabilidade para construir a civilização do amor. Se seguirdes a sua palavra, também a vossa estrada se iluminará e vos conduzirá a metas elevadas, que dão alegria e sentido pleno à vida.

Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, vos acompanhe com sua proteção. Vos asseguro a minha lembrança na oração e, com grande afeição, vos abençoo.


Dado no Vaticano, aos 22 de fevereiro de 2010






Fonte: www.cancaonova.com.br, 15/03/10, às 20h

sábado, 13 de março de 2010

Conhecendo um pouco mais de São João Bosco


Comemora-se em 31 de Janeiro.

Fundou a Congregação dos Padres Salesianos e o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos
É um dos Santos mais populares da Igreja e do mundo. Foi sua missão específica a educação cristã da juventude, num tempo em que essa porção da sociedade humana começava a ser atacada por novos e perigosos inimigos.
Para o desempenho da sua missão salvadora, jamais o Céu lhe faltou com extraordinários dotes humanos e sobrenaturais.
João é um dos Santos mais populares da Igreja e do mundo. Foi sua missão específica a educação cristã da juventude, num tempo em que essa porção da sociedade humana começava a ser atacada por novos e perigosos inimigos.
Para o desempenho da sua missão salvadora, jamais o Céu lhe faltou com extraordinários dotes humanos e sobrenaturais.
João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d’Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.
Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: “Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás”. Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário salesiano de Chieri, daquela diocese.
Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este “produto da era da industrialização”, se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.
Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.
Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.
Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de “Sistema Preventivo de Formação”. Não esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: “Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez”.

Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado “modelo por excelência” para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: “Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas” e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.

OS SONHOS DE SÃO JOÃO BOSCO
São João Bosco foi um santo taumaturgo que viveu em Itália, no século XIX. Teve muitos sonhos-visões, aos quais inicialmente não deu muita importância, mas depois, vendo que neles se concretizava aquilo que lhe era anunciado, passou a registá-los. Um deles (que reproduzo abaixo) parece-me bastante pertinente, não só para os tempos de São João Bosco, mas principalmente para os nossos conturbados tempos.

O Sonho das Duas Colunas

O seu sonho profético, ocorrido em 1862 (três anos antes do Concílio Vaticano I), é transcrito a seguir:
Imagine-se no meio de uma enseada, ou melhor, sobre uma rocha isolada, da qual não se divisa nenhum ponto de terra firme, excepto sob os seus pés. Na extensão desse vasto mar, você divisa uma frota incontável de navios de guerra, dispostos para a batalha.
As proas desse navios são pontiagudas e perfurantes, de forma a perfurar e destroçar completamente tudo contra o que se lançarem. Os navios são armados com canhões, muitos rifles, materiais incendiários e outras armas de fogo de vários tipos, e avançam contra um navio bem maior e mais alto do que o deles; e eles tentam atingi-lo com as suas proas, ou queimá-lo, causar-lhe mal de todas as maneiras possíveis.
Escoltando o majestoso navio plenamente equipado, há um sem-número de barcos menores, que recebem comandos daquele por sinais, reposicionando-se para defenderem-se dos ataques da frota inimiga.
Bem no meio dessa imensa extensão marítima, duas poderosas colunas elevam-se altas, a pequena distância uma da outra. No topo de uma coluna encontra-se a estátua da Imaculada Virgem Maria, de cujos pés pende uma enorme placa com a inscrição: Auxilium Christianorum – Auxílio dos Cristãos. Sobre a segunda coluna, que é ainda mais alta e maior, há uma enorme Hóstia, de tamanho proporcional ao da coluna; e, sob ela, outra placa, com as palavras: Salus Credentium – Salvação dos Fiéis.
O comandante supremo do navio grande é o Sumo Pontífice. Observando a fúria dos inimigos e malfeitores, dentre os quais os fiéis se encontram, ele convoca os capitães dos pequenos barcos e ordena um conselho, para juntos decidirem o que fazer.
Todos os capitães vêm a bordo e se reúnem em torno do Papa. Eles iniciam uma conferência, mas nesse meio tempo o vento e as ondas rompem numa grande tempestade, e eles têm de retornar às suas próprias embarcações para salvá-las. Vem, então, uma pequena calmaria; e, pela segunda vez, o Papa reúne os seus capitães em torno de si, enquanto o navio-mãe prossegue em seu curso.
Mas a terrível tempestade retorna. O Papa comanda a embarcação e envia todas as suas energias para direccionar o seu navio às colunas, de cujos topos pendem muitas âncoras e fortes ganchos ligados a correntes.
Todas as embarcações inimigas mobilizam-se para atacá-lo. Elas tentam detê-lo e afundá-lo, de todas as maneiras ao seu alcance: algumas, com livros e escritos inflamáveis, de que dispõem em abundância; outras, com armas de fogo, com rifles e outras armas.
A batalha recrudesce gradualmente. O inimigo ataca de proa violentamente, mas os seus esforços provam não serem eficazes. Eles arremetem em vão, e perdem todo o seu esforço e a sua munição.
O grande navio segue inabalável e suavemente o seu rumo. Às vezes, acontece ele ser atingido por formidáveis tiros, e apresentar grandes brechas laterais. Mas assim que o dano acontece, uma brisa gentil sopra das duas colunas, fechando as fissuras e restaurando os estragos imediatamente.
Entrementes, as armas de fogo dos assaltantes são disparadas, mas os rifles e outras armas, bem como as proas, destroem-se; muitos navios são atingidos e afundam no oceano. Então, os inimigos enfurecidos passam a lutar corpo-a-corpo, com os punhos, tiros à queima-roupa, blasfémias e maldições.
De súbito, o Papa cai gravemente ferido. Imediatamente, os que estão com ele ajudam-no e levantam-no. Uma segunda vez, o Papa é atingido; ele cai de novo e morre. Um grito de júbilo e vitória irrompe dentre os inimigos; dos seus navios eleva-se uma indizível zombaria.
Mas, assim que o Pontífice cai, um outro assume o seu lugar. Os pilotos, tendo-se reunido, elegeram outro tão prontamente que, com a notícia da morte do anterior, já se apresentam as boas novas da eleição do sucessor. Os adversários começam a perder a coragem.
O novo Papa, pondo o inimigo em fuga e superando todos os obstáculos, guia o navio directamente às duas colunas, e consegue descansar entre elas. Ele ancora o seu navio à coluna encimada pela Hóstia, prendendo uma corrente leve, que sai da proa, a uma âncora presa à coluna. Uma outra corrente leve, presa à popa, é atracada a uma âncora que pende da coluna sobre a qual está a Virgem Maria.
Neste ponto, inicia-se uma grande convulsão. Todos os navios que estiveram até então em luta, contra o navio do Papa, são dispersados. Eles afastam-se em confusão, colidem e quebram-se em pedaços, uns contra os outros. Alguns afundam e tentam afundar os outros.
Muitas das pequenas embarcações, que lutaram galantemente pelo Papa, correm a prender-se às colunas. Outras, que se haviam mantido à distância, por medo da batalha, observam cautelosamente de longe. E, quando os escombros dos navios afundados são dispersados pelos redemoinhos do mar, elas se aventuram a rumar para as duas colunas, e, alcançando-as, fazem-se prender aos ganchos que delas pendem, para se porem a salvo, à sombra do navio principal, onde está o Papa.
Finalmente [no sonho-visão], reina sobre o mar uma grande calma.

sexta-feira, 12 de março de 2010

A beleza da castidade

A masculinidade e a feminilidade são dons de Deus

A castidade é um grande dom, que faz com que compreendamos a unicidade do nosso ser. A presença da castidade gera felicidade, dignidade, capacidade para amar, para se doar não por pedaços, mas para se doar por inteiro, como Jesus se deu na cruz. Hoje, vemos um mundo que despreza a beleza da castidade, por isso, as consequências são tão graves.

A castidade gera olhos transparentes, revela o próprio Cristo e aquela que é "toda bela", a Virgem Maria. Mas a ausência dessa virtude vai enfeando o homem. Aí a mulher precisa produzir-se cada vez mais e vai tornando a vida feia, vazia e infeliz.

Sem uma relação profunda de amizade no namoro não existe matrimônio verdadeiro e feliz. Mas como nós não priorizamos, no namoro, a amizade, temos matrimônios imaturos, inseguros, muitas vezes, gerados por relações sexuais pré-matrimoniais. Nós vemos os frutos disso na nossa casa, na nossa família. Temos visto uma sociedade que reivindica a regularização e a aceitação do adultério.

A sociedade nos diz o tempo todo que esse "negócio" de homem e mulher já era, que você é quem escolhe e, assim, vai negando a natureza e o dado inicial que Deus lhe deu. O Senhor o fez homem, não o fez outra coisa e você vai ser feliz sendo homem.

Rapazes, vocês são verdadeiramente homens! O mundo precisa de testemunho de virilidade, com a sua capacidade, com os seus dons, que complementam a mulher. A masculinidade de vocês é um dom de Deus. Vocês são verdadeiramente homens, inteiramente homens.

Pode ser que vocês tragam algumas feridas com vocês, mas não se deixem enganar pelo mundo! Não se arraste pelas modas que arrasam a masculinidade e a virilidade. Sejam homens por inteiro, como Cristo foi! Se há feridas em vocês, deixem que Ele, o Homem que é Cristo, pela Sua graça, pela castidade, os harmonize e os cure. Vocês serão felizes sendo quem vocês são. Quando, em Cristo, deixamo-nos ser aquilo que Deus nos criou, somos felizes.

Minhas queridas irmãs, quero lhes pedir em nome de Cristo, da Igreja e do mundo que vocês não percam o dom maior que Deus lhes deu: a feminilidade. A feminilidade de vocês nos torna mais homens. A feminilidade – não a sensualidade – torna seus esposos e seus filhos mais homens. A sensibilidade de vocês pode ser notada até quando um rosto muda. Vocês são capazes de fazer com que o mundo seja mais humano.

Não deixem de ser como Deus as fez: mulheres por inteiro, todas belas! Não caiam nas falácias do mundo de hoje, que querem que vocês entrem em competição com o homem. Não se deixem enganar pela sensualidade, pela negação da sua sexualidade como mulheres, como se pudessem ser outra coisa sem ser mulheres.

Mulher, que complementa o homem, que faz o mundo mais humano. Em vocês vejo minha mãe, minhas irmãs, minha cofundadora. Não deixem de ser o que vocês são pelas mentiras do mundo.

Onde começa essa deformação do mundo? Quando se despreza a castidade. Como podemos ser amigos da humanidade com uma sociedade que despreza a castidade? Como amigo de Deus e como amigo dos homens, eu sou chamado a testemunhar e a proclamar a beleza da castidade.

Trecho retirado da pregação de Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom, durante Acampamento PHN 2007.

A distorção da alegria e suas consequências


Precisamos ser alegres; o cristão é alegre. A alegria faz bem para a alma. A Bíblia afirma que “a alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida” (Eclo 30,22-26).
São Francisco de Sales dizia que “um cristão triste é um triste cristão”. A alegria verdadeira brota de um coração puro, que ama a Deus e ao próximo, tem a consciência tranquila e sabe que está nas mãos de Deus.
Mas o mundo confunde alegria com prazer; quando não são a mesma coisa. Prazer é a satisfação do corpo; alegria é a satisfação da alma. Há prazeres justos e até necessários, como o sabor que Deus colocou nos alimentos, o prazer do ato sexual do casal unido pelo matrimônio... Mas há também prazeres injustos, por isso, pecaminosos, quando se busca a satisfação do corpo apenas como um fim: a bebida, o sexo fora ou antes do casamento, as drogas, as aventuras que põem a vida em risco, etc...
Isso acontece quando se abusa da liberdade e se usa mal as coisas boas. Isso tem nome: libertinagem. Por exemplo, pode ser um gesto de alegria beber um copo de vinho com os amigos, mas pode se tornar um gesto de prazer desordenado se houver o abuso da bebida e se chegar à embriaguez. O mal quase sempre é o uso mau, o abuso das coisas boas. Quantos crimes e acidentes acontecem por causa dessas libertinagens
Está chegando mais um carnaval, tempo que para muitos se transformou em liberação de todos os instintos, busca frenética da “alegria” e do prazer. Mas o prazer ilícito, quando passa, deixa gosto de morte. A distorção da alegria nessa festa pode se transformar em sofrimento para a própria pessoa e para os outros, porque sabemos que “o salário do pecado é a morte” (cf. Rm 6,23). Não pense que você pode ser feliz no pecado; isso é uma ilusão.
A tentação nos oferece o pecado assim como uma maça envenenada, mas caramelada. É mais ou menos como o terrível anzol que o peixe abocanha porque está escondido dentro da isca. Depois de abocanhar a isca, de sentir o “prazer” rápido que ela lhe dá, o peixe sente o gosto da morte no anzol que o fisga.
O mesmo se dá com quem se entrega, no carnaval, aos prazeres da carne: o sexo a qualquer custo, a prática da homossexualidade, o uso das drogas, o abuso da bebida, os gestos de violência... O que tudo isso gera depois? Sabor de morte. Depois que rapidamente tudo isso passa vem o vazio, a tristeza.
Temos visto um espetáculo deprimente nos últimos carnavais; as próprias autoridades, querendo impedir a Aids, acabam fomentando o pecado. Os governos da união e dos estados distribuem amplamente a famigerada “camisinha” para que os foliões brinquem, gozem, mas sem o perigo de se contaminarem. Preserva-se o corpo e mata-se a alma; defende-se o prazer e a orgia e afunda-se a moral; lança-se o povo nos antigos bacanais gregos. No último carnaval vimos até o Presidente da República promovendo um triste espetáculo de distribuir cartelas de camisinhas aos foliões na Marquês de Sapucaí no Rio de Janeiro. Ora, o correto é ensinar os jovens a viver o sexo no lugar certo, no casamento, e não estimulá-los fora de hora.
Será que não temos algo melhor para dar aos nossos jovens e a nosso povo? Quantas crianças são geradas nas relações sexuais que acontecem nos carnavais! O que acontece depois? Algumas dessas podem ser abortadas; outras se tornam filhos de uma mãe que vai criar e educar o filho sozinha. Isso não é justo, porque toda criança que vem a este mundo tem o direito de ter um pai, uma mãe, de um lar, de ser amada e desejada; e não ser apenas o fruto de uma transa tresloucada.
O mal é o abuso daquilo que é bom. Se nós abusamos do bem, se abusamos da comida, da bebida, do sexo fora do casamento, tudo isso se torna um mal e traz suas consequências negativas; isso não é uma alegria autêntica. O sexo dentro do plano de Deus é lindo, mas se o tiramos dentro do plano divino, ele pode ser causa de tristeza, adultério, doenças...
Nos pecados nós encontramos o caminho da morte; nas virtudes encontramos o caminho da paz.
Hoje, 90% dos presos são jovens; os traficantes morrem geralmente com 30 anos no máximo, porque o salário do pecado é a morte. Não pode haver alegria no pecado.
Nossa vida é consequência de nossas escolhas e nossos atos. São Paulo disse claramente aos gálatas: "Não erreis, de Deus não se zomba; porque tudo o que o homem semear, isso também colherá. O que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" (Gl 6,8).
Quem faz do período carnavalesco uma oportunidade de extravasar os baixos instintos, colherá sem dúvida a tristeza depois. Quem dele se aproveitar para fazer o bem, colherá a alegria. Há um ditado popular que diz assim: "Fazer o bem sem olhar a quem". A verdadeira alegria nasce de fazer o bem; quanto mais bem você faz às pessoas, mais será feliz.
O pecado é perfumado e se apresenta a você na hora da sua fragilidade. Cuidado! Santo Agostinho afirmava: “A sua tristeza são os seus pecados; deixe que a santidade seja sua alegria”. Não basta dizer: deixe a tristeza do pecado e venha viver a alegria das virtudes. Eu lhe dou a receita: Vigie e ore. Os pecados entram pelas janelas da alma, que são os sentidos, então feche os olhos, a boca, as mãos, se você sabe que por eles pode chegar ao pecado.
Os dias de carnaval nos oferecem grandes oportunidades para o pecado, tanto nas ruas, como na televisão, internet e nos clubes. Não é nisso que reside a verdadeira alegria; esta pode ser encontrada no convívio saudável do lar com os filhos, na igreja, na leitura de bons livros e da Palavra de Deus; num tempo mais dedicado à oração, no ouvir uma boa pregação, num gesto de caridade a uma pessoa que precisa de você.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com