Frase da semana

Não temas; doravante serás pescador de homens. (Lc 5, 10)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Beijar ou não beijar?

"Eu estava conversando com alguns amigos alguns dias atrás e uma das minhas amigas contou de um "jogo" que ela sabia ou que viu pessoas jogando (talvez ela jogou), numa festa. Ela falou sobre um colar que você coloca em alguém que você quer beijar, se você aceitar o negócio é que você pode beijar a pessoa. O fato é que este, que recebeu o colar, beija duas pessoas: uma ao receber o colar e outra ao passar adiante. Ela falou sobre outros tipos de jogos de beijar que você acaba beijando todo mundo ao redor.
 Não tenho nada contra essa pessoa (ela é uma menina joia) ou contra as pessoas que beijam alguém no mesmo dia que conhecem a outra pessoa. Eu só quero dizer que eu não faria isso e porquê eu não faria.
 Meu corpo é parte de quem eu sou. Eu acredito que eu não sou só a minha alma ou só minha mente. Eu sou o meu corpo. Mesmo se eu acho que sou um pouco gordinho, que eu acho que preciso de uma dieta, ou fazer alguns exercícios a mais, meu corpo sou eu (ou é eu, dependendo de com quem vc faça a concordância verbal). Eu sou corpo e alma (e mente também se você quiser).
 Que que isso tem a ver com eu beijar alguém?
 Bem, é bastante simples. Quando eu beijo alguém eu estou dando a minha boca, uma parte muito sensível e vulnerável do meu corpo, para alguém e, claro, essa outra pessoa faz o mesmo para mim. O negócio é o seguinte: eu estou dando o meu corpo e, claro, estou dando a mim mesmo a alguém. Quando eu falo sobre coisas da minha alma para alguém eu não faço isso para alguém que acabei de conhecer, eu compartilho meus sentimentos com os meus amigos mais próximos. Por que eu deveria compartilhar o meu corpo com alguém que acabei de conhecer?
 Durante a conversa eu disse: "Estou me sentindo um avô". Não estava defendendo o estilo de vida à moda antiga ou voltar para os velhos tempos, mas sou, neste caso, partidário dos amantes românticos. Eu acredito na amizade antes de namoro, eu acredito no beijo como uma forma de demonstrar amor, eu acredito no amor para sempre.
 Quando eu estava escrevendo este post, vi um comercial na MTV, onde você envia uma mensagem de texto com o nome de que você está a fim pra saber se ele / ela beija bem. Esta é realmente a coisa mais importante (ou a primeira) a saber sobre uma pessoa por quem você se sente atraído? E os seus sonhos? Ou qualquer outro aspecto da vida de alguém? Não é importante saber quais são seus planos para o futuro? Ou o que é a coisa mais importante para ele / ela?
 Bem, eu acho que você entendeu o que eu queria dizer. Eu acredito no amor."


por Felipe Bezerra
http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=5011

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Castidade antes do casamento traz mais estabilidade e satisfação


Satisfação com o casamento foi 20% maior entre os casais que viveram a abstinência sexual até o matrimônio
 
O estudo realizado pela Universidade americana Brigham Young demonstrou que a restrição sexual antes do casamento está associada com melhores resultados no relacionamento conjugal. A satisfação com o casamento foi 20% maior entre os casais que esperaram, bem como a qualidade na vida sexual, 15% maior.

Nesta pesquisa, onde 2.035 indivíduos casados foram entrevistados, foi observado que o tempo para o ínico da atividade sexual na vida do casal está relacionado com a sua qualidade sexual atual, comunicação, a satisfação com o relacionamento e a estabilidade.

De acordo com o estudo “Compatibility or Restraint?: The Effects of Sexual Timing on Marriage Relationships" (Em tradução livre: “Compatibilidade ou restrição?: Os efeitos do tempo Sexual nos Relacionamentos Matrimoniais), a educação, o número de parceiros sexuais, a religiosidade e duração do relacionamento estão entre os aspectos mais importantes na vida conjugal.

O administrador de empresa e professor, Joelson Alves, 36 anos, afirma que a vivência da castidade antes do casamento não foi uma coisa fácil, mas foi um dos aspectos essencias para a construção do relacionamento que reflete hoje em seu casamento com a médica Ethel Alves, 40 anos. “Durante o namoro priorizamos o diálogo sobre aquilo que julgávamos importante para um casamento: nossa fé, nossos anseios, a construção da família, a afetividade e também a sexualidade”, conta.


Diálogo no relacionamento

Os resultados da pesquisa mostram ainda que o tempo de atraso sexual está associado a um aumento na qualidade da comunicação e nas áreas do relacionamento sexual, bem como a estabilidade das relações percebidas são consistentes com essa teoria. A qualidade da comunicação é 12% melhor entre os casais que viveram a castidade antes do matrimônio.

A comunicação é um elemento essencial na vida do casal na expressão dos seus desejos e sentimentos em relação ao outro e àquilo que estão vivendo. O melhor relacionamento se faz baseado na comunicação e na verdade. Quando isso acontece, o relacionamento se torna mais aberto e transparente, e consequentemente mais maduro para suportar os momentos de dificuldade e manter vivo o amor”, explica a psicóloga especialista em família, Elaine Ribeiro.
Em um casamento de mais de sete anos, Joelson e Elthel transformaram a paixão em amor, e a confiança crescente, o respeito e a unidade construída foram suportes para viver os momentos de dificuldade. 
O equilíbrio entre confiança, afetividade, sexualidade, e a realização individual, para Joelson é a chave da felicidade do casal. “Se ambos se sentem realizados também pessoalmente e profissionalmente, um não se sente peso para o outro”, ressalta.

Estabilidade conjugal 

Os relacionamentos que se baseiam mais em recompensas e prazeres sexuais precoces acabam resultando em relações mais frágeis a longo prazo, destaca a pesquisa publicada na revista científica Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia.

O estudo também mostra que a ambiguidade da iniciação sexual precoce pode comprometer a capacidade de alguns casais para desenvolver uma compreensão clara e comum sobre a natureza das suas relações. “Notamos que a priorização do aspecto sexual desfavorece o conhecimento profunto do outro”, conta a psicóloga.

Em contraste, a sexualidade baseada no comprometimento é mais susceptível a criar uma sensação de segurança e sinceridade entre os parceiros dentro de suas redes sociais, trazendo também a ideia da exclusividade e planejamento futuro.

“Formamos dessa forma uma aliança duradoura e que dá estabilidade e não monotonia à relação. Isso não quer dizer que não possamos sentir desejo por outra pessoa, mas existe de ambas as partes o firme propósito de não ceder às paixões ou sentimentalismos que porventura aconteçam no casamento”, conta Joelson.
Joelson e Ethel acreditam que a boa experiência de namoro reflete na vida conjugal deles, em especial, na abertura ao diálogo e na confiança do amor recíproco. “A fidelidade e o respeito que vivemos durante o namoro também se reflete em nossa vida hoje”, completam.


Nicole Melhado

In: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=279663


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

É missa ou balada???

"É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo". (Gl 1,10)

  
Caríssimos,


 Não é de hoje que o Santo Sacrifício tem sido desrespeitado e banalizado. Graças àqueles que sonham com uma Missa do seu jeito, querem re-criar o Sacrifíco de Jesus. Ignoram aquele primeiro (e único!) em que o próprio Deus foi imolado para salvar a todos nós. Deixaram-se contaminar pelo relativismo, pelo modernismo, pelas ideologias nefastas de que "Se Jesus ressuscitou, não precisamos mais vê-lo pregado à cruz. Vivamos, agora, um tempo de glória!".

Pensar assim é caçoar do Sacrifício de Cristo. Sim, caçoar, porque, em Sua Imolação, há um mistério e também uma Glória. A morte de Cristo não é um símbolo de derrota. Afinal, Ele não ficou preso à morte. Ele ressuscitou. O sacrifício de Cristo é um desejo de Deus ao seu povo. E o próprio Cristo autorizou aos Apóstolos que repetissem oque fez na Santa Ceia em Sua Memória. Como é que reviveremos a memória da nossa salvação com baladinha? Palminhas? Dancinhas? Musiquetas alá TdL?

Devemos lembrar, meus irmãos e irmãs, que Maria esteve em pé diante da Cruz. Sentia dor? Claro! Era o seu filho morrendo injustamente. Mas havia também nela uma alegria. Aquela "injustiça" tinha um fim maravilhoso: salvar os filhos de Deus. Portanto, a alegria na Santa Missa é contida. Assim como Nossa Senhora conteve-se diante do mistério, nós assim também devemos fazer. Rezar durante a Missa o que é a nossa parte, e não a do Sacerdote; conter palminhas e dancinhas. Há lugares apropriados para isso.

Contudo, penso que o retorno à Missa como nunca deveria ter deixado de ser está cada vez mais difícil. Na Arquidiocese de Maringá, por exemplo, temos a Missa pré-balada. Funciona assim: os jovens vão à missa, rezam, adoram, louvam. Antes da proclamação ao Evangelho, chega um sujeito carregando a Bíblia sobre um... skate! É... skate. Após a proclamação, a galera empurra banco pra lá, estica o esqueleto e... dança. Mas não é uma dancinha qualquer, não. É com a Igreja toda apagada, apenas com luzes de discoteca pra lá e pra cá e umas fumacinhas... E, segundo o locutor do vídeo, tudo é feito sob o olhar do Pároco e com o maior respeito ao Sagrado... tsc... tsc...

Se você passasse em frente a uma Igreja neste estado, diria o que? É missa ou balada?

Depois que vi o vídeo eu perdi completamente a noção do que seja respeito ao Sagrado. Porque, o que é Sagrado, é zelado, cuidado, e não zoneado. Repito. Não acho errado que os jovens tenham seu momento ao lazer dentro do Salão Paroquial (e não na Igreja), mas daí querer adaptar o Santo Sacrifício da Missa??? Será que ninguém ainda percebeu que enquanto agirmos dessa forma, fazendo "só o que o jovem quer", esta geração demorará muito mais a amadurecer (ou não amadurecerá nunca)? Quando é que proporcionaremos aos nossos jovens que tenham atitudes de pessoas crescidas?


Sim, eu sei que muitos que leram até aqui, dirão: "Evelyn, como você é quadrada. Não é melhor estes jovens nesta Missa-Balada" a estarem no mundo, usando drogas?" Não, não é. E explico. Nós não temos que adaptar a evangelização a uma secularização. O Evangelho não tem por onde ser adaptado, porque Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não se deve adaptar a Missa. Deve-se é adaptar-se a ela. E se Jesus não for suficientemente necessário para um jovem, podem fazer balada, missa disso e aquilo que nada os segurará. Só Jesus é quem pode conquistar um jovem, independentemente da situação em que este esteja.

Não temos que agradar aos homens na Santa Missa. Jesus mesmo não agradou a muitos. E Missa não é lugar de modismo. Se fosse, o Papa criaria o seu. Mas o Papa reza o Rito da Igreja, e não o que lhe convém. Não temos que nos dobrar ao mundo para termos Igreja cheia. Antes Igreja com pouquíssimas pessoas, mas que zelam pelo Sagrado, a Igrejas lotadas de gestos infâmes.

Chega de banalizar a Santa Missa, a Santa Liturgia e a Doutrina da Igreja.
 
 
Evelyn Mayer de Almeida
 
 
In: http://www.regina-apostolorum.com/2010/11/e-missa-ou-balada.html, 12/11/10, às 14h

Música: a arte da evangelização

 
Deus quer realizar através de você muitas coisas


Quando você compõe uma música, uma peça, chega uma hora em que você precisa mostrar isso para alguém, mas é bom que você tenha aquele sentimento de constrangimento, de vergonha, de timidez, porque você está mostrando algo que não é seu; é Deus mais uma vez colocando algo precioso em suas mãos, por meio do qual você vai servir ainda mais as pessoas. Então veja bem: esse dom não é seu, está com você, mas é para servir aos demais. No entanto, você passa a ser reconhecido pelos outros, os elogios, as fotos e tudo o mais acabam sendo para você, pois as pessoas não veem a Deus. Contudo, você deve entender que isso deve ser repassado a Ele.


Precisamos reconhecer que nossos dons de cantar e tocar são graça de Deus. A diferença entre nós e os artistas seculares é que nós sempre transportaremos aquilo que recebemos para Deus e muitos destes retêm para si mesmos. O Senhor faz tudo para que nós nos tornemos Sua boca, nós somos chamados a ser a “boca de Deus”. Seja em um microfone, em uma bateria, em um violão, Deus quer que sejamos apenas Sua boca. Para isso existe um caminho, ensinado por nosso fundador, monsenhor Jonas: sendo santos cantaremos melhor, isto é, se soubermos separar o que é bom do que é ruim serviremos melhor.

Então vamos à Palavra que está em Jeremias 15, 19: “Por isso, assim disse o SENHOR: “Se tu te converteres, eu te converterei, e na minha presença ficarás. E se souberes separar o que tem valor daquilo que não presta, serás a minha boca, eles passarão para o teu lado e tu não passarás para o lado deles”. O Senhor quer nos transformar no que Ele quer, Ele um dia desejou nos tornar um grande cantor, um grande artista, um grande instrumentista...

Você se converteu! Deus sempre vai contar com sua liberdade e você livremente tomou essa decisão de se converter. Você continua sendo limitado, pecador, vulnerável, continua precisando da graça de Deus Pai, mas tem de assumir que já se converteu. Por essa razão, não fique na periferia, continue esse processo, mergulhe nessa conversão, mergulhe na Palavra de Deus, na adoração e o Todo-poderoso vai transformá-lo no que Ele quiser.

Se você souber separar o que é bom do que é ruim é lógico que você vai sempre optar pelo que é bom. Já conheci pessoas maravilhosas que cantavam bem, tocavam bem, mas que caíram feio e até hoje não se levantaram, porque não separaram o que era bom do que era ruim e na hora de escolher acabaram escolhendo o que era ruim e por isso pecaram e como o pecado leva à morte, morreram, talvez não fisicamente, mas morreram nos relacionamentos saudáveis, morreram nos projetos, nos sonhos, porque optaram pelo pecado.

Estaremos sempre em ordem de batalha, muitas vezes, fugir faz parte da estratégia de uma batalha em uma situação de pecado, por exemplo; você vai precisar saber fugir, pois você sabe qual é sua fraqueza. Por isso, em uma situação na qual você sabe que não vai aguentar, fuja!

Deus quer realizar, através de você, muita coisa, converta-se, continue esse processo, não pare, pois o Senhor lhe diz que se você se converter Ele o transformará no que Ele quer.

Deus Pai já colocou em seu coração sonhos, coisas desde sua infância e hoje elas podem se concretizar se você se converter. Hoje eu sei quem sou, eu sei que Deus me quis assim e estou tentando fazer a mesma coisa com você e você pode descobrir isso. O Altíssimo tem um plano fantástico para sua vida, mas para isso é preciso que você se converta e Ele o converterá no que Ele quiser; dessa forma, com certeza, você será a “boca d'Ele” anunciando a salvação.


(Artigo produzido a partir da pregação do Acampamento "Músicos em ordem de batalha" de outubro de 2009)



Dunga
Missionário da Comunidade Canção Nova


In: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12076

domingo, 31 de outubro de 2010

Castidade contra HIV,e não máquinas de preservativos!

A grande incidência de adolescentes contaminados pelo vírus HIV motivou o Ministério da Saúde a partir para a distribuição de preservativos diretamente nas escolas. Para facilitar o acesso estão sendo testadas máquinas que põem o produto à disposição automaticamente. Municípios dos Estados da Paraíba e de Santa Catarina foram escolhidos para testar e aprimorar o equipamento. O objetivo estratégico é ambicioso: instalar as máquinas em todo o sistema público de ensino. Destinatários: jovens entre 13 e 19 anos. Surpreende a precocidade do público-alvo inicial.
 
Máquina do bem ou do mal? O debate está aberto. Com razão. O avanço da aids, não obstante as campanhas milionárias em favor da camisinha, indica que algo não está funcionando. Esse aumento, sem dúvida preocupante, pode levar, mais uma vez, aos diagnósticos superficiais e, por isso, míopes: focar a questão apenas nas campanhas em favor do chamado "sexo seguro". A camisinha será a panaceia para conter a epidemia. Continuaremos padecendo da síndrome do avestruz. Bateremos nos efeitos, mas fugiremos das verdadeiras causas: a hipersexualização da sociedade.
 
Na verdade, caro leitor, as campanhas do governo não têm dado resposta adequada ao verdadeiro problema: a influência do gigantesco negócio do sexo, que, impunemente, acaba determinando comportamentos e atitudes. A culpa não é só do mundo do entretenimento. É de todos nós - governantes, jornalistas, formadores de opinião e pais de família -, que, num exercício de anticidadania, aceitamos que o País seja definido mundo afora como o paraíso do sexo fácil, barato, descartável. O governo, assustado com o aumento da gravidez precoce e com o crescente descaso dos usuários do preservativo, investe agora na máquina de camisinha. Não vai resolver. Afinal, milhões de reais já foram gastos num inglório combate aos efeitos. E o resultado está gritando na força dos fatos e dos números: a aids continua sendo um problema de saúde pública.
 
Impõe-se buscar soluções inovadoras e eficazes. Sempre intuí a necessidade de um aprofundamento sério no tema da formação da sexualidade. Em meu esforço de apuração, topei com uma experiência surpreendente: o programa denominado Protege tu Corazón. A história começa em 1993, na Colômbia. Tal como a grande maioria dos pais, Juan Francisco e Maria Luisa Velez começaram a se preocupar com a educação sexual que seria implantada nas escolas de seus filhos. A orientação proposta contrariava tudo o que haviam imaginado transmitir a seus filhos a respeito do amor, da sexualidade, da família e da vida. Confundia-se sexualidade com sexo, amor com sexo e alicerçava-se seu conteúdo exclusivamente no que denominavam "sexo seguro". O que queriam dizer com sexo seguro? Algo parecido com o que acontece por aqui. Fomenta-se, por um lado, a cultura da hipersexualização e da promiscuidade. Tenta-se, por outro, preservar os adolescentes de uma gravidez indesejada e da transmissão de DSTs com o uso dos preservativos. Ninguém, no entanto, se preocupa com as dramáticas consequências físicas, emocionais e afetivas provocadas pelo oba-oba sexual.
 
Esse casal não se limitou a lamentar, mas, com apoio de especialistas e, sobretudo, de outros pais de família, elaborou um Programa de Educação da Sexualidade para ser aplicado nas escolas. O programa espalhou-se por 18 países na América Latina, do Norte, Europa e nas Filipinas. Tem um slogan simples e direto: "Caráter forte, sexualidade inteligente." Ou seja, entende que, em primeiro lugar, a sexualidade é um componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de se comunicar com outros, de se expressar e de viver o amor humano.
 
A proposta do programa é ajudar os adolescentes a fortalecer o seu caráter, de tal forma que a inteligência e a vontade adquiram prioridade sobre os sentimentos. Os adolescentes são normalmente impulsivos, inseguros, não se conhecem bem, e são essas carências que os fazem tomar decisões equivocadas e correr riscos desnecessários, sobretudo ao iniciarem um relacionamento sexual muito precoce. O programa Protege tu Corazón já está no Brasil (www.protegetucorazon.com.br) e desenvolve um projeto piloto no Colégio Ranieri, em São Paulo.
 
A metodologia é interativa, moderna, com material audiovisual, dramatizações, discussões em grupo, exercícios escritos, etc. Com essa metodologia se pretende que o adolescente seja levado a refletir sobre suas escolhas, sobre seus sonhos. Apresenta uma característica importante, que é fomentar o diálogo entre pais e filhos e, acima de tudo, o programa tem uma norma: "Propor, e não impor." Faz pensar e aposta na liberdade.
 
Os adolescentes, frequentemente bombardeados pela banalização do sexo, surpreendem-se ao perceber uma outra forma, positiva e responsável, de entender a sexualidade. Mas os principais protagonistas dessa mudança são os próprios pais. O programa na escola é uma ajuda poderosa para os pais, mas não pretende nem substituí-los nem subestimá-los. Ele os apoia e oferece ferramentas concretas para facilitar a comunicação entre pais e filhos. É uma parceria interessante e os resultados me impressionaram.
 
A iniciação sexual precoce, o abuso sexual e a prostituição infantil são, de fato, o resultado da cultura da promiscuidade que está aí. Ainda pouco se fala do Brasil no exterior. E quando se fala, infelizmente, o noticiário se reduz às ações do crime organizado, aos escândalos envolvendo políticos e governantes, às queimadas na Amazônia e à miséria da nossa periferia. Limitam nossa cultura e nossa arte ao rebolado. É uma pena. O Brasil é, sem dúvida, muito mais que o país do gingado e do carnaval.



In: http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=4930

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

BISPO ANGLICANO REVELA COMO ENCONTROU SEU LUGAR NA IGREJA CATÓLICA


John Broadhurst é o primeiro bispo anglicano em anunciar em público sua demissão e passagem à Igreja Católica. Também é o primeiro pastor anglicano em dar os detalhes de seu novo caminho aos ingleses através de uma emissora de rádio.
Conforme informa o jornal La Razón, Broadhurst está casado e tem filhos, por isso sabe que não poderá ser bispo católico mas guarda a esperança de obter uma dispensa especial para exercer o sacerdócio.
Em declarações ao programa “Sunday” da BBC Radio 4, Brodahurst deu os detalhes de sua decisão.
A igreja anglicana se foi separando da católica com suas decisões, e temos todo o assunto do matrimônio gay na Comunhão Anglicana, e as mulheres sacerdote na Inglaterra, e as mulheres bispo, e recentemente chegou a oferta do Papa, muito generosa, em “Anglicanorum Coetibus”, que diz a anglicanos como eu: ‘Há um lar para vós, se quiserdes’”, indicou.
Perante o novo passo assegura que tem “a esperança de entrar no Ordinariato. Tenho a esperança de ser sacerdote, mas, ao final, se tiver que ser um simples secular, eu o aceito, não há problema. Como dizíamos no debate sobre as mulheres bispo: o ministério não é uma carreira, mas uma vocação. É o que a Igreja requer de você, não o que você pede à Igreja”.
Depois de 25 anos no Sínodo da Igreja Anglicana, está convencido que já não há lugar para os que querem preservar o sacerdócio masculino.
Segundo o relatório “Cost of Conscience” de 2002, que entrevistou 2.000 clérigos anglicanos, só uma de cada três sacerdotisas anglicanas acredita na maternidade virginal de Maria, quase a metade nega que Jesus tenha ressuscitado, 30 por cento nega a Trindade e uma de cada quatro não acredita em Deus Pai Todo Poderoso nem em Deus Espírito Santo. E as que hoje são sacerdotisas em seguida serão bispas.
Broadhurst acredita que o Ordinariato católico será pequeno ao princípio, “porque para muitos sacerdotes, com esposa e família, é muito duro passar a uma situação insegura, mas recebi muitos e-mails de leigos perguntando ‘como se entra?’”. As respostas chegarão em poucos meses.
Fonte: ACI Digital